terça-feira, 12 de abril de 2011

O Batizado

A Maelle, minha petite princesse francesa, foi batizada com mais de um ano. Ela já sabia andar, mas ainda não falava. Foi uma grande festa, primeiro na igreja e depois um almoço em casa, no jardim. Avós, tios e primos vieram de longe e os vizinhos não deixaram de participar. Ela não sabia o que era batizado, mas entendeu que aquilo tudo era pra ela. E ela gostou. Na igreja se comportou muito bem. Orgulhosa, apontava a madrinha que, ela sabia, seria dali em diante uma pessoa ainda mais importante. Na festa ela corria tentando acompanhar os primos mais velhos. Caía, olhava pra mim e ria, mesmo assim... Ficou exausta e acabou adormecendo na cadeirinha de refeição enquanto jantava. E assim, a Maelle entendeu o batizado.

Por isso eu queria que o Tomás fosse batizado assim também, quando pudesse entender. Mas o Tomás ainda era muito pequenininho. Na igreja ele só queria olhar as luzes no teto altíssimo e gritava, animadíssimo. Passou de colo em colo tirando fotos e então fomos pra festa.

A festa, na casa da madrinha, estava ainda mais cheia e Tomás era o centro das atenções. Tinha gente que ele nem conhecia, muitos colos diferentes. Tomás foi com todo mundo. Quando ficou muito cansado, deu uma dormidinha rápida, só o necessário pra poder continuar na festa. Engatinhou no chão sujando a bermuda branca, brincou com os presentes que tinha acabado de ganhar, comeu cobertura de bolo, foi jogado pra cima e deitado na mesa pra receber afagos. E a noite, no banho, ele ainda gargalhava. 

Tomás não entendeu o batizado, mas achou tudo uma delícia, mesmo assim...

PS: Maelle completou 13 anos na véspera do Batizado do Tomás.