sábado, 20 de novembro de 2010

Tom

Desde antes, muito antes de o Tomás nascer, eu já queria que ele se chamasse Tomás. Primeiro porque é um nome bonito, segundo porque fica bem em qualquer língua (e eu vou torcer pra ele viajar bastante) e por fim porque o apelido de Tomás é Tom. O Tiago também gostou e ficou decidido.
Aí ele nasceu, tão pequenininho e fragilzinho que eu não conseguia chamar ele pelo nome, chamava de neném, nenenzinho. Para as outras pessoas era mais fácil e todo mundo já o chamava de Tomás. Resolvi fazer um esforço, mas iam saindo um tanto de outros nomes: Tomás, Mateus, Tiago e, confesso, Fanta. Mas ele foi crescendo e ficando com jeito de menino, de Tomás. Olhando a placa com o nome dele escrito na porta do quarto, o Tiago falou: "É impressionante como ele tem cara de Tomás, né?" É!
Mas e Tom? O apelido que eu planejei? Não chegava nunca. Não adiantou mesmo escolher apelido. É que ele é tão animado, tão decidido que não combinava com "Tom".
Então um dia ouvi babá Lucrécia chamando "Tó!" Essa babá é sabida, de acento ela entende. Era isso mesmo que estava faltando, um acento agudo bem alí no "o", pra dar o tom: Tó!
Taí, é Tó!