sexta-feira, 15 de março de 2013

Neném na barriga

‎-Mãe, tem um neném na sua barriga?
-Não, Tomás. Não tem neném na minha barriga.
-Só eu quando eu era pequeno?
-É, só você quando você era neném.
-Aí a Dra Letícia... Fala, o que a Dra Letícia falou?
-Ela falou assim: "Juliana, esse neném já está muito grande. Tá na hora de tirar ele daí". Aí você nasceu e você era um neném bem pequenininho.
-Aí eu cresci?
-É, você cresceu.
-Eu sou um homem pequeno.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Tomás solidário



-Tomás, agora a mamãe está estudando.
-Eu vim estudar com você, mamãe.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Dia dos Pais

Tomás adora o pai. Agora o incluiu à lista das coisas que voam, junto com borboleta, avião e Buzz Lightyear.
Para o dia dos pais, resolvi levar o Tomás para escolher o presente comigo. Fui antes na loja e deixei o presente pré-escolhido: uma blusa com estampa de um carro. Ele iria gostar.
Chamei o Tomás pra sair:
-Vamos, Tomás, comprar um presente para o papai?
-Chapéu!
-Vamos comprar uma blusa?
- Chapéu.
Fomos caminhando. Ele no carrinho. Chegando na loja, mostrei a camiseta escolhida. Ele não se interessou. Mostrei outra com a mesma estampa, mas de uma cor mais vibrante. Nada. Ele então disse:
- De caveira. Compra uma de caveira.
- Mas caveira, Tomás?
E a vendedora que estava levando a sério essa história de o Tomás escolher o presente foi mostrando as caveiras. Então ela tirou da prateleira uma blusa azul com um caveirão com cara de raio-x e mostrou. Ele deu um suspiro e disse: ahhhh!
As pessoas na loja não acreditaram: "Ele gostou dessa!" "Gente, ele escolheu mesmo!"
Compramos a camiseta. Ele ficou tão satisfeito com a compra que achei que tivesse esquecido a história do chapéu, mas antes que eu colocasse o segundo par de rodas do carrinho na rua ele solta: "Chapéu!"
Perguntei nas lojas vizinhas se tinha algum chapéu ou boné a venda, mas nada. Quase chegando em casa, vi um chapéu numa vitrine. Entrei pra perguntar. Era um Pralana, coisa fina. Tentei convencer o Tomás de que o chapéu era meio caro e que o papai nem tinha o hábito de usar chapéu, mas ele gritou: "Não! Nãããão! Compra esse". Comprei.
Ele voltou carregando a sacola. De noite, correu pra entregar os presentes, mas deu primeiro o chapéu. Colocou na cabeça do pai, depois na sua, no pai novamente e disse: "Tá buíííto!"
Mais tarde eu perguntei:
- Mas pra quê um chapéu, Tomás?
- Pra voar.



quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Passarolindo

Passarolindo morava dentro de um sapato. Um dia caiu uma chuva forte e Passarolindo passou a noite tirando a água de dentro de sua casa com um balde. No dia seguinte ardia em febre. Um menino passou, pegou Passarolindo e cuidou dele. Curado, Passarolindo pode voltar pra sua casa no sapato.

É mais ou menos assim a história do Passarolindo, um livro que o Tomás trouxe da escola. Junto com o livro, em uma sacola, havia um passarinho de pano, um sapato e um baldinho de brinquedo bem pequenininho. Tomás adorou ler a história comigo. Não soltava o bichinho. Ele atacava o chão quando Passarolindo "comia minhoca" e balançava as mãos pra cima quando Passarolindo "voava nas nuvens". Corria pela casa mostrando todos os cômodos para seu novo companheiro de brinquedo e até fez a Fanta brincar com o boneco-passarinho.

No dia seguinte, quando cheguei no Balão pra buscar o Tomás, ele estava aos prantos. A professora explicou que ela acabara de contar para a turma que Passarolindo estava indo pra casa de outra colega. Tomás logo correu pra perto da bolsa da colega. Aflito, ia tirando da sacola as peças com que havia brincado na noite anterior. Mas a professora insistiu que ele não poderia levar a sacola, a vez dele já tinha passado. Ele então veio me abraçar chorando e a colega, percebendo a ameaça, fez o mesmo. A professora, então, disse que ele poderia levar Passarolindo novamente, mas num outro dia, pois agora Passarolindo já estava prometido. A menina se desgrudou de mim bem contente. Tomás chorou mais um pouco e depois se acalmou. 

Alguns dias depois, flagrei Tomás colocando um pinguim dentro de um tênis. Ele colocava o brinquedo no tênis, depois tirava e agitava as mãos pra cima, "nas nuvens".

Ah, Tomás, Papai Noel já tinha mesmo me perguntado o que você queria de natal, mas eu não tinha nem uma dica pra dar, mas agora que você pediu, ficou fácil. O livro, já encomendei na livraria, o passarinho, sua avó vai fazer com um tecido bonito, estampado de florzinha e o baldinho, tenho certeza que vou encontrar.

Vai ser um feliz natal, um Natalindo!

sábado, 3 de setembro de 2011

Tomás no Balão


Antes de o Tomás nascer eu já queria que ele estudasse no Balão. Eu falava: "O Tomás vai estudar no Balão". Quando ele tinha 4 meses eu já não aguentava mais, então fomos fazer entrevista para "reserva de vaga". Eu já sabia que pra entrar no Balão ele precisava estar andando, mas a Leninha ressaltou: "Não precisa saber falar, basta andar". E eu falava com ele: "Anda, meu filho, anda pra ir pro Balão..."


E de tanto eu querer ou então porque ele é mesmo muito esperto, o Tomás deu seus primeiros passos antes de completar 11 meses. Então, no começo do semestre, lá estava ele, com sua mochila de avião, pronto pra ir pro Balão.

Ele adorou o Balão desde o começo. Nos primeiros dias, enquanto ele ainda estava em fase de adaptação, eu ficava com ele. Ele ainda não entendia muito bem as outras crianças, queria tudo pra ele e ficava muito bravo na hora de guardar os brinquedos. Depois ele descobriu que as coisas legais aconteciam ali onde os coleguinhas estavam e resolveu se juntar a eles, passando a fazer parte do pequeno bando, ou  da "meninada", como as turmas são chamadas por lá.

Um dia era dia dos Pais. Eu cheguei pra buscá-lo e a professora me entregou uma latinha com o "presente pro papai". Era o primeiro dia que o Tomás ficava sozinho na escola. Eu peguei a latinha e disse: "Olha, tem uma foto do Tomás". E fui saindo apressada, um pouco porque estava meio nervosa por ele ter ficado sozinho, um pouco pra não roubar o tempo da professora que tinha mais um tanto de outras crianças. Mas ela pegou a latinha de volta e disse orgulhosa: "A foto é dele fazendo o que está dentro", abriu a latinha e mostrou: "Um chaveiro! Foi ele mesmo quem fez."

E ali, diante da professora que com uma mão segurava o Tomás e com a outra exibia orgulhosa uma espécie de patuá gigante cheio de borrões coloridos, eu entendi, ou melhor, me lembrei por que quis tanto que o Tomás conhecesse o Balão.

Hoje, quando eu chego pra pegá-lo, ele vem todo risonho tentando me contar o que aconteceu no dia. Faz isso através de uns gestos bem engraçados porque, vocês sabem, ele ainda não fala, mas sabe andar. Fica nervoso se eu não entendo. Ele quer muito que eu saiba o quanto tudo foi legal. A professora traduz e só então ele vem satisfeito pro meu colo.

Mas eu já sabia, Tomás, eu já sabia...

terça-feira, 12 de abril de 2011

O Batizado

A Maelle, minha petite princesse francesa, foi batizada com mais de um ano. Ela já sabia andar, mas ainda não falava. Foi uma grande festa, primeiro na igreja e depois um almoço em casa, no jardim. Avós, tios e primos vieram de longe e os vizinhos não deixaram de participar. Ela não sabia o que era batizado, mas entendeu que aquilo tudo era pra ela. E ela gostou. Na igreja se comportou muito bem. Orgulhosa, apontava a madrinha que, ela sabia, seria dali em diante uma pessoa ainda mais importante. Na festa ela corria tentando acompanhar os primos mais velhos. Caía, olhava pra mim e ria, mesmo assim... Ficou exausta e acabou adormecendo na cadeirinha de refeição enquanto jantava. E assim, a Maelle entendeu o batizado.

Por isso eu queria que o Tomás fosse batizado assim também, quando pudesse entender. Mas o Tomás ainda era muito pequenininho. Na igreja ele só queria olhar as luzes no teto altíssimo e gritava, animadíssimo. Passou de colo em colo tirando fotos e então fomos pra festa.

A festa, na casa da madrinha, estava ainda mais cheia e Tomás era o centro das atenções. Tinha gente que ele nem conhecia, muitos colos diferentes. Tomás foi com todo mundo. Quando ficou muito cansado, deu uma dormidinha rápida, só o necessário pra poder continuar na festa. Engatinhou no chão sujando a bermuda branca, brincou com os presentes que tinha acabado de ganhar, comeu cobertura de bolo, foi jogado pra cima e deitado na mesa pra receber afagos. E a noite, no banho, ele ainda gargalhava. 

Tomás não entendeu o batizado, mas achou tudo uma delícia, mesmo assim...

PS: Maelle completou 13 anos na véspera do Batizado do Tomás.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Tomás na praia



Desde antes de o Tomás nascer eu ficava imaginando ele na praia. Queria ver ele com sua sunga de estampa de futebol brincando na piscininha, mas não consegui fazer isso nem aqui em casa. Custou a fazer calor e depois choveu, choveu e choveu. Então fomos pra praia enfrentando a chuva e a serra de Petrópolis. E o Tomás acordado quase a viagem inteira.

Chegamos em Búzios umas 4 da tarde e fomos direto pra praia. Colocamos ele em pé na areia, bem na beirinha do mar. Eu sabia que ele ia adorar, mas não sabia como é um neném de 7 meses adorando a praia. O vento batendo forte na sua carinha fez ele gargalhar. Quando a onda vinha, ele ficava na pontinha dos pés, virava o corpo pra traz e dava um grito animado. Ficava tão empolgado que chegava a tremer. Na piscina ele não parava de rir. Quando saia da água, tomava uma chuveirada, recomendação da pediatra. Do chuveiro ele não gostou, mas enfrentava com bravura a água caindo na sua cabecinha. Mas o que deixou ele mais fascinado, hipnotizado até, foi a areia. Pegava na areia, abria e fechava a mão e, a la Macabéa, queria comê-la. Eu quis uma foto dele, mas ele não olhava pra câmera, só pra areia, concentrado em decifrá-la.

O Tomás gostou da viagem. Pro vento ele gargalhava, a grama, ele arrancava, a areia, ele decifrava e na piscina, relaxava. Comia pouco, dormia muito e na viagem de volta, quase não ficou acordado. Acabou que o Tomás convenceu a gente a comprar uma cota do clube e, de agora em diante, todo fim de semana lá está ele, de chapéu, protetor solar e suas gargalhadas.

sábado, 20 de novembro de 2010

Tom

Desde antes, muito antes de o Tomás nascer, eu já queria que ele se chamasse Tomás. Primeiro porque é um nome bonito, segundo porque fica bem em qualquer língua (e eu vou torcer pra ele viajar bastante) e por fim porque o apelido de Tomás é Tom. O Tiago também gostou e ficou decidido.
Aí ele nasceu, tão pequenininho e fragilzinho que eu não conseguia chamar ele pelo nome, chamava de neném, nenenzinho. Para as outras pessoas era mais fácil e todo mundo já o chamava de Tomás. Resolvi fazer um esforço, mas iam saindo um tanto de outros nomes: Tomás, Mateus, Tiago e, confesso, Fanta. Mas ele foi crescendo e ficando com jeito de menino, de Tomás. Olhando a placa com o nome dele escrito na porta do quarto, o Tiago falou: "É impressionante como ele tem cara de Tomás, né?" É!
Mas e Tom? O apelido que eu planejei? Não chegava nunca. Não adiantou mesmo escolher apelido. É que ele é tão animado, tão decidido que não combinava com "Tom".
Então um dia ouvi babá Lucrécia chamando "Tó!" Essa babá é sabida, de acento ela entende. Era isso mesmo que estava faltando, um acento agudo bem alí no "o", pra dar o tom: Tó!
Taí, é Tó!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Nasceu Rafaela!


Parabéns para Kristianne e Ícaro, que receberam ontem a pequena Rafaela. Tão linda que até o Tomás caiu de amores...




Seja bem-vinda, Rafaela!

sábado, 23 de outubro de 2010

Todos os membros da matilha

Eu já escrevi aqui sobre como foi pra Fanta esperar o Tomás. Então ele chegou!

Primeiro acho que ela ignorou a presença dele, ou fingiu que ignorou. Depois ela achou que ele fosse o carrinho. Ficava rodeando o carrinho, com ar muito curioso e até rosnava quando o carrinho chorava. Então ela começou a olhar pra ele, assim, olho no olho. E quando ele chorava ela olhava pra gente com indignação, como se perguntasse "E aí, vocês vão insistir nisso?" e saía de perto.

Mas a Fanta descobriu o Tomás. E descobriu que ele faz parte da família dela. E eu descobri isso quando a gente estava passeando. É que a Fanta gosta que todo mundo ande bem juntinho, eu Tiago e ela. E se um se afasta, ela empaca. Então estávamos passeando eu, levando a Fanta, e babá Lucrécia levando o Tomás. Quando ela se deu conta, o carrinho já estava lá longe. Ela, pronto, empacou! Fez aquela pose de cão de caça e não quis mais andar. Pelo menos não enquanto não estivesse todo mundo junto, do jeito que ela gosta.

O Tomás, por sua vez, só descobriu a Fanta recentemente. Primeiro a acompanhava com os olhos, timidamente. Mas agora ele acha a Fanta super engraçada. Outro dia deu gargalhadas ao vê-la correr atrás da bolinha. A Fanta reconheceu o elogio e agradeceu levando a bolinha pra ele, deixando bem no seu pézinho de neném.

Eu li numa revista que é assim, o cachorro entende a família como uma matilha cujo líder é um adulto. Não sei se a Fanta sabe muito bem quem é o líder, mas pra ela não importa. Ela quer é todo mundo junto, assim, todos os membros da matilha.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Nasceu Ana Sophia!

Parabéns para Ana Cristina e Ennius, pais orgulhosos  que receberam no último dia 11 a pequena Ana Sophia, a recém-nascida mais expressiva que eu já conheci!

Ana Sophia, seja bem-vinda!!

domingo, 10 de outubro de 2010

Um amigo para o Tomás

Vou contar pra vocês uma história que eu inventei. Aliás, uma pessoa que eu inventei. Aliás, que a gente inventou. Começou quando o Tomás ainda morava na minha barriga e o pai dele gostava de ficar falando tudo que ia e não ia fazer com ele, como se tudo fosse sair, assim, do jeitinho que ele planejou. Então ele disse com seu ar rabugento: 
- Nunca vou colocar esse adesivo Tomás a bordo no meu carro".
- Quero ver! E se ele falar assim: "Mas papai, o pai do fulano colocou fulano a bordo"?
E aí o Tio Uirsu (o Uirsu não é tio de verdade do Tomás e eu não sou dessas que acha que qualquer adulto vira tio, mas o Uirsu é tão, tão amigo e tão, tão legal que foi irresistível passar ele pro lado da família) completou: - É, o "Bento".
E aí pegou. O Tomás ganhou um amigo, o Bento. E a gente foi inventando um tanto de histórias sobre ele e a família dele. O Bento é um menino muito legal, com uma família muito legal. E eles tem um sítio onde o Tomás pode ir passar o fim de semana e, se o Bento quiser, o fim de semana seguinte ele pode passar com a gente. A gente não tem sítio, mas pode levar os meninos no clube ou ao teatro. Enfim, um monte de pura imaginação...
Aí outro dia eu estava zanzando pela internet e topei com um blog, Mãe do Bento. Não resisti e deixei um recadinho pra Sarah, a mãe do Bento. Então ficamos amigas, assim, através dos nossos filhos, chique, né? E eu estou contando essa história porque a Sarah me deu esse selinho pra eu por aqui no blog. É que agora é assim, a gente fica trocando figurinhas, ou então, selinhos...

Olha ele aí:


Sarah, eu ainda não conheço 9 blogueiras, mas mesmo que conhecesse, ia dedicar a você, que é a Mãe do Bento!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Três meses


O Tomás fez três meses! Antes ele era um nenenzinho que ficava observando as coisas no seu mundinho de neném, sempre muito interessado e atento. Aí ele fez três meses e parece que o mundo apareceu pra ele, assim, cheio de ofertas. E ele disse: "Eu quero!"


Ele quer que a gente balance o macaquinho/boitatá enquanto troca fralda (senão ele grita). Ele quer deitar de barriga pra cima e ficar batendo as pernas (e nem precisa gritar porque isso ele já faz sozinho). Quer andar pela casa, quer ser levado para a área de serviço (porque lá tem o móbile mais legal do mundo, o varal). Ele quer água de coco, suco de laranja e, é claro, mamar e mamar. Mas tem hora que só quer mamar de um lado e não adianta insistir. Quer ficar em pé, isso ele quer muito. Quer ver a televisão, mesmo que precise se virar todo pra encontrar a tela. Quer puxar meus colares. Quer dançar. Quer dormir e, às vezes, quer dormir no meu colo. Quando chove, ele quer dormir mais ainda.

E tem coisa que ele não quer. Não quer sair do banho. Não quer vestir roupa. Não quer ficar no carrinho, tem hora. Não quer o bico tamanho 2 da mamadeira, só quer o 3. Não quer mais dormir de lado. Quer andar de carro, mas não quer sinal fechado.

De tanto querer, acabou que a vovó o chamou de mimado. E pode um neném de 3 meses ser mimado? Eu acho é que ele sabe o que quer, o danado! Mas, enfim, ele agora quer...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Himself

Outro dia estava contando para uma amiga canadense que o Tomás dorme a noite toda e só acorda às 6 da manhã. Às vezes ele até acorda um pouco antes, por volta de 5:30, mas espera até as 6 pra mamar. A amiga então perguntou: espera como? Ah, ele fica no berço mexendo as perninhas, brincando "by himself". E é claro que eu já contei essa história em português várias vezes, não sem ressaltar a autonomia do meu filho em ficar sozinho brincando. Mas quando eu disse em inglês "himself" tomei um susto, um susto muito mais assustador do que o que eu tomei quando disse "a mãe do Tomás". É porque, acreditem, é difícil pensar que ele é mesmo um "self", assim, by himself. 
Logo  depois que o Tomás nasceu eu passei a detestar o quarto dele. Ele passava a noite no meu quarto porque era mais prático, mamava na sala porque era mais confortável e no resto do dia não ficava no quarto dele porque lá era mais frio. Cismei e pronto! Na verdade o único problema do quarto dele era ser dele, só dele. Mas aí eu percebi que o Tomás precisava desse tal quarto dele e passei a colocá-lo pra dormir no berço, amamentar ali e parece que ele gostou porque ficou mais calmo. E agora quando eu entro no quarto pra dar de mamar às 6 da manhã, ele olha pra mim, vira a cabecinha pro lado e dá um sorrisinho, como quem diz "Oi! É você? Estava mesmo te esperando aqui, enquanto eu brincava, by myself!"

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Coisas do Tomás

Outro dia comecei a escrever sobre a nova mania do Tomás, mamar sentado na minha perna, de cavalinho. Acho que ele estava sofrendo muito com os gazes e ficava mais confortável assim. Ele  me convenceu e eu me entortava toda pra dar de mamar assim. Mas a mania passou e ele agora não sofre mais pra mamar. Aliás, está mamando bem rapidinho, 15 minutos que é pra sobrar tempo pra fazer outras coisas. Então resolvi escrever sobre as risadinhas que começaram a aparecer, disparadas por um carinho na bochecha. Mas essas risadinhas agora são gargalhadas. E ele acha graça em tudo, nas pessoas e seus tatibitatis, nas máscaras assustadoras que o papai trouxe da Africa e sempre pede pra ver o macaquinho que toca música e que a nova babá Lucrécia insiste em chamar de Boitatá. podia falar sobre os primeiros passeios do Tomás. No shopping, foi passear usando suas calças jeans e blusa de grife (e quase que eu perco a roupa, pois já estava ficando pequena). Ele ficou vidrado, olhando todo aquele movimento. Nem quis dormir, mas apagou quando entrou no carro.
E é assim que tem sido, cada dia uma coisa e cada coisa tão depressa. A novidade agora é que o Tomás faz oficialmente parte da população do Brasil. Recebemos hoje o Hevaldo, funcionário do IBGE. "Quantos moradores na casa?" E eu: "Três!" E quando eu disse a data de nascimento ele constatou "O Tomás é récem-chegado". Eu concordei, mas sei lá, récem-chegado depois de tanta coisa?

quarta-feira, 14 de julho de 2010

"A mãe do Tomás"

Foi assim que eu comecei o telefonema: "Alô, Doutora Lígia, é a Juliana, mãe do Tomás". E a pediatra entendeu de quem se tratava. Porque ela sabe direitinho quem é o Tomás. É aquele menino que nasceu pesando 3,330 quilos, um peso cheio de "3", que ele recuperou com exatos quinze dias de vida. Tomás estava com um pouco de icterícia, mas ela sabia que ía sarar rapidinho, já que ele estava tomando banho de sol na casa da tia-avó. E ela também sabia que o Tomás era o filho da Juliana. Mas eu... Eu me assustei com a elucidação, "a mãe do Tomás". Nunca tinha ouvido assim, em voz alta. E gostei de ouvir. A mãe do Tomás, que importante! Aí, outro dia, liguei pra senhora que fez o enxoval do Tomás pra encomendar um novo colchãozinho pro trocador. Então eu disse: "Oi, aqui é a Juliana, a mãe do Tomás!"

sábado, 19 de junho de 2010

Tomás


E hoje faz dez dias que ele nasceu. Meu neném da barriga no meu colo, todo embrulhadinho e tão pequenininho. Ele não é mais o neném da barriga, ele agora mora aqui com a gente. E eu posso passar o dia olhando pra sua carinha, cada hora com uma expressão diferente. E pra sua mãozinha, que aperta o meu dedo com tanta força. Ainda não tive tempo de revelar a foto prometida para o quadrinho azul. Aliás, não tenho tido tempo pra quase nada a não ser me ocupar do Tomás que sempre me requisita com essa urgência que os bebês têm. E se eu pensei que ele só ia chorar dormir e mamar, não é nada disso. Ele chora, resmunga e grita. Mama, soluça e regurgita. Dorme, sonha e suspira. Acredita?



Ah, quem quiser ver mais fotos dele, tem algumas no  Facebook

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Nasceu

Nasceu Tomás! Às 8:31 da manhã, pesando 3 quilos e 330 gramas e eu nem sei o que escrever.
Nasceu Tomás!

sábado, 5 de junho de 2010

Adeus barriga.

Essa semana fiz meu último ultrassom, minha última visita ao neném da barriga. Semana que vem ele vai nascer e é melhor eu ir me despedindo do meu barrigão.

Vou sentir falta da barriga, das pessoas me paparicando, me dando lugar nas filas de supermercado ou apenas rindo pra mim na rua. Porque a barriga faz isso com as pessoas. Mesmo que não tivesse nenhuma lei garantindo o meu privilégio, parece que todo mundo fica mais amável. É o Tomás cuidando de mim, fazendo as pessoas tão gentis comigo. A barriga tão pesada fica leve, leve... E eu tão feliz em carregá-la. Carregando meu neném da barriga que já vai nascer. Aí então sou eu quem vai cuidar dele. Um neném gordinho e bochechudo que vai sair do hospital bem embrulhadinho, vestindo a roupinha que a vovó deu. 

Em casa ele vai conhecer seu quarto, preparado com muito cuidado durante esses nove meses. E ele vai se deitar no berço. Em cima do berço tem um quadrinho de moldura azul que o papai comprou. E nesse quadrinho azul tem espaço pra doze fotos, uma pra cada mês do primeiro ano de sua vida. Mas no meio das doze fotos tem um espaço maior, para uma foto bem grande, onde está escrito “cheguei”. E lá nós vamos logo colocar uma foto do Tomás, a primeira foto do neném da barriga, agora fora da barriga. 

Tomás já vai chegar!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Nasceu Lara!

Parabéns para Gabi e Edgard, que receberam hoje a Lara, menina tão querida que chegou exibindo os olhos azuis da mamãe!
Lara, seja bem-vinda!