sábado, 20 de novembro de 2010

Tom

Desde antes, muito antes de o Tomás nascer, eu já queria que ele se chamasse Tomás. Primeiro porque é um nome bonito, segundo porque fica bem em qualquer língua (e eu vou torcer pra ele viajar bastante) e por fim porque o apelido de Tomás é Tom. O Tiago também gostou e ficou decidido.
Aí ele nasceu, tão pequenininho e fragilzinho que eu não conseguia chamar ele pelo nome, chamava de neném, nenenzinho. Para as outras pessoas era mais fácil e todo mundo já o chamava de Tomás. Resolvi fazer um esforço, mas iam saindo um tanto de outros nomes: Tomás, Mateus, Tiago e, confesso, Fanta. Mas ele foi crescendo e ficando com jeito de menino, de Tomás. Olhando a placa com o nome dele escrito na porta do quarto, o Tiago falou: "É impressionante como ele tem cara de Tomás, né?" É!
Mas e Tom? O apelido que eu planejei? Não chegava nunca. Não adiantou mesmo escolher apelido. É que ele é tão animado, tão decidido que não combinava com "Tom".
Então um dia ouvi babá Lucrécia chamando "Tó!" Essa babá é sabida, de acento ela entende. Era isso mesmo que estava faltando, um acento agudo bem alí no "o", pra dar o tom: Tó!
Taí, é Tó!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Nasceu Rafaela!


Parabéns para Kristianne e Ícaro, que receberam ontem a pequena Rafaela. Tão linda que até o Tomás caiu de amores...




Seja bem-vinda, Rafaela!

sábado, 23 de outubro de 2010

Todos os membros da matilha

Eu já escrevi aqui sobre como foi pra Fanta esperar o Tomás. Então ele chegou!

Primeiro acho que ela ignorou a presença dele, ou fingiu que ignorou. Depois ela achou que ele fosse o carrinho. Ficava rodeando o carrinho, com ar muito curioso e até rosnava quando o carrinho chorava. Então ela começou a olhar pra ele, assim, olho no olho. E quando ele chorava ela olhava pra gente com indignação, como se perguntasse "E aí, vocês vão insistir nisso?" e saía de perto.

Mas a Fanta descobriu o Tomás. E descobriu que ele faz parte da família dela. E eu descobri isso quando a gente estava passeando. É que a Fanta gosta que todo mundo ande bem juntinho, eu Tiago e ela. E se um se afasta, ela empaca. Então estávamos passeando eu, levando a Fanta, e babá Lucrécia levando o Tomás. Quando ela se deu conta, o carrinho já estava lá longe. Ela, pronto, empacou! Fez aquela pose de cão de caça e não quis mais andar. Pelo menos não enquanto não estivesse todo mundo junto, do jeito que ela gosta.

O Tomás, por sua vez, só descobriu a Fanta recentemente. Primeiro a acompanhava com os olhos, timidamente. Mas agora ele acha a Fanta super engraçada. Outro dia deu gargalhadas ao vê-la correr atrás da bolinha. A Fanta reconheceu o elogio e agradeceu levando a bolinha pra ele, deixando bem no seu pézinho de neném.

Eu li numa revista que é assim, o cachorro entende a família como uma matilha cujo líder é um adulto. Não sei se a Fanta sabe muito bem quem é o líder, mas pra ela não importa. Ela quer é todo mundo junto, assim, todos os membros da matilha.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Nasceu Ana Sophia!

Parabéns para Ana Cristina e Ennius, pais orgulhosos  que receberam no último dia 11 a pequena Ana Sophia, a recém-nascida mais expressiva que eu já conheci!

Ana Sophia, seja bem-vinda!!

domingo, 10 de outubro de 2010

Um amigo para o Tomás

Vou contar pra vocês uma história que eu inventei. Aliás, uma pessoa que eu inventei. Aliás, que a gente inventou. Começou quando o Tomás ainda morava na minha barriga e o pai dele gostava de ficar falando tudo que ia e não ia fazer com ele, como se tudo fosse sair, assim, do jeitinho que ele planejou. Então ele disse com seu ar rabugento: 
- Nunca vou colocar esse adesivo Tomás a bordo no meu carro".
- Quero ver! E se ele falar assim: "Mas papai, o pai do fulano colocou fulano a bordo"?
E aí o Tio Uirsu (o Uirsu não é tio de verdade do Tomás e eu não sou dessas que acha que qualquer adulto vira tio, mas o Uirsu é tão, tão amigo e tão, tão legal que foi irresistível passar ele pro lado da família) completou: - É, o "Bento".
E aí pegou. O Tomás ganhou um amigo, o Bento. E a gente foi inventando um tanto de histórias sobre ele e a família dele. O Bento é um menino muito legal, com uma família muito legal. E eles tem um sítio onde o Tomás pode ir passar o fim de semana e, se o Bento quiser, o fim de semana seguinte ele pode passar com a gente. A gente não tem sítio, mas pode levar os meninos no clube ou ao teatro. Enfim, um monte de pura imaginação...
Aí outro dia eu estava zanzando pela internet e topei com um blog, Mãe do Bento. Não resisti e deixei um recadinho pra Sarah, a mãe do Bento. Então ficamos amigas, assim, através dos nossos filhos, chique, né? E eu estou contando essa história porque a Sarah me deu esse selinho pra eu por aqui no blog. É que agora é assim, a gente fica trocando figurinhas, ou então, selinhos...

Olha ele aí:


Sarah, eu ainda não conheço 9 blogueiras, mas mesmo que conhecesse, ia dedicar a você, que é a Mãe do Bento!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Três meses


O Tomás fez três meses! Antes ele era um nenenzinho que ficava observando as coisas no seu mundinho de neném, sempre muito interessado e atento. Aí ele fez três meses e parece que o mundo apareceu pra ele, assim, cheio de ofertas. E ele disse: "Eu quero!"


Ele quer que a gente balance o macaquinho/boitatá enquanto troca fralda (senão ele grita). Ele quer deitar de barriga pra cima e ficar batendo as pernas (e nem precisa gritar porque isso ele já faz sozinho). Quer andar pela casa, quer ser levado para a área de serviço (porque lá tem o móbile mais legal do mundo, o varal). Ele quer água de coco, suco de laranja e, é claro, mamar e mamar. Mas tem hora que só quer mamar de um lado e não adianta insistir. Quer ficar em pé, isso ele quer muito. Quer ver a televisão, mesmo que precise se virar todo pra encontrar a tela. Quer puxar meus colares. Quer dançar. Quer dormir e, às vezes, quer dormir no meu colo. Quando chove, ele quer dormir mais ainda.

E tem coisa que ele não quer. Não quer sair do banho. Não quer vestir roupa. Não quer ficar no carrinho, tem hora. Não quer o bico tamanho 2 da mamadeira, só quer o 3. Não quer mais dormir de lado. Quer andar de carro, mas não quer sinal fechado.

De tanto querer, acabou que a vovó o chamou de mimado. E pode um neném de 3 meses ser mimado? Eu acho é que ele sabe o que quer, o danado! Mas, enfim, ele agora quer...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Himself

Outro dia estava contando para uma amiga canadense que o Tomás dorme a noite toda e só acorda às 6 da manhã. Às vezes ele até acorda um pouco antes, por volta de 5:30, mas espera até as 6 pra mamar. A amiga então perguntou: espera como? Ah, ele fica no berço mexendo as perninhas, brincando "by himself". E é claro que eu já contei essa história em português várias vezes, não sem ressaltar a autonomia do meu filho em ficar sozinho brincando. Mas quando eu disse em inglês "himself" tomei um susto, um susto muito mais assustador do que o que eu tomei quando disse "a mãe do Tomás". É porque, acreditem, é difícil pensar que ele é mesmo um "self", assim, by himself. 
Logo  depois que o Tomás nasceu eu passei a detestar o quarto dele. Ele passava a noite no meu quarto porque era mais prático, mamava na sala porque era mais confortável e no resto do dia não ficava no quarto dele porque lá era mais frio. Cismei e pronto! Na verdade o único problema do quarto dele era ser dele, só dele. Mas aí eu percebi que o Tomás precisava desse tal quarto dele e passei a colocá-lo pra dormir no berço, amamentar ali e parece que ele gostou porque ficou mais calmo. E agora quando eu entro no quarto pra dar de mamar às 6 da manhã, ele olha pra mim, vira a cabecinha pro lado e dá um sorrisinho, como quem diz "Oi! É você? Estava mesmo te esperando aqui, enquanto eu brincava, by myself!"

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Coisas do Tomás

Outro dia comecei a escrever sobre a nova mania do Tomás, mamar sentado na minha perna, de cavalinho. Acho que ele estava sofrendo muito com os gazes e ficava mais confortável assim. Ele  me convenceu e eu me entortava toda pra dar de mamar assim. Mas a mania passou e ele agora não sofre mais pra mamar. Aliás, está mamando bem rapidinho, 15 minutos que é pra sobrar tempo pra fazer outras coisas. Então resolvi escrever sobre as risadinhas que começaram a aparecer, disparadas por um carinho na bochecha. Mas essas risadinhas agora são gargalhadas. E ele acha graça em tudo, nas pessoas e seus tatibitatis, nas máscaras assustadoras que o papai trouxe da Africa e sempre pede pra ver o macaquinho que toca música e que a nova babá Lucrécia insiste em chamar de Boitatá. podia falar sobre os primeiros passeios do Tomás. No shopping, foi passear usando suas calças jeans e blusa de grife (e quase que eu perco a roupa, pois já estava ficando pequena). Ele ficou vidrado, olhando todo aquele movimento. Nem quis dormir, mas apagou quando entrou no carro.
E é assim que tem sido, cada dia uma coisa e cada coisa tão depressa. A novidade agora é que o Tomás faz oficialmente parte da população do Brasil. Recebemos hoje o Hevaldo, funcionário do IBGE. "Quantos moradores na casa?" E eu: "Três!" E quando eu disse a data de nascimento ele constatou "O Tomás é récem-chegado". Eu concordei, mas sei lá, récem-chegado depois de tanta coisa?

quarta-feira, 14 de julho de 2010

"A mãe do Tomás"

Foi assim que eu comecei o telefonema: "Alô, Doutora Lígia, é a Juliana, mãe do Tomás". E a pediatra entendeu de quem se tratava. Porque ela sabe direitinho quem é o Tomás. É aquele menino que nasceu pesando 3,330 quilos, um peso cheio de "3", que ele recuperou com exatos quinze dias de vida. Tomás estava com um pouco de icterícia, mas ela sabia que ía sarar rapidinho, já que ele estava tomando banho de sol na casa da tia-avó. E ela também sabia que o Tomás era o filho da Juliana. Mas eu... Eu me assustei com a elucidação, "a mãe do Tomás". Nunca tinha ouvido assim, em voz alta. E gostei de ouvir. A mãe do Tomás, que importante! Aí, outro dia, liguei pra senhora que fez o enxoval do Tomás pra encomendar um novo colchãozinho pro trocador. Então eu disse: "Oi, aqui é a Juliana, a mãe do Tomás!"

sábado, 19 de junho de 2010

Tomás


E hoje faz dez dias que ele nasceu. Meu neném da barriga no meu colo, todo embrulhadinho e tão pequenininho. Ele não é mais o neném da barriga, ele agora mora aqui com a gente. E eu posso passar o dia olhando pra sua carinha, cada hora com uma expressão diferente. E pra sua mãozinha, que aperta o meu dedo com tanta força. Ainda não tive tempo de revelar a foto prometida para o quadrinho azul. Aliás, não tenho tido tempo pra quase nada a não ser me ocupar do Tomás que sempre me requisita com essa urgência que os bebês têm. E se eu pensei que ele só ia chorar dormir e mamar, não é nada disso. Ele chora, resmunga e grita. Mama, soluça e regurgita. Dorme, sonha e suspira. Acredita?



Ah, quem quiser ver mais fotos dele, tem algumas no  Facebook

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Nasceu

Nasceu Tomás! Às 8:31 da manhã, pesando 3 quilos e 330 gramas e eu nem sei o que escrever.
Nasceu Tomás!

sábado, 5 de junho de 2010

Adeus barriga.

Essa semana fiz meu último ultrassom, minha última visita ao neném da barriga. Semana que vem ele vai nascer e é melhor eu ir me despedindo do meu barrigão.

Vou sentir falta da barriga, das pessoas me paparicando, me dando lugar nas filas de supermercado ou apenas rindo pra mim na rua. Porque a barriga faz isso com as pessoas. Mesmo que não tivesse nenhuma lei garantindo o meu privilégio, parece que todo mundo fica mais amável. É o Tomás cuidando de mim, fazendo as pessoas tão gentis comigo. A barriga tão pesada fica leve, leve... E eu tão feliz em carregá-la. Carregando meu neném da barriga que já vai nascer. Aí então sou eu quem vai cuidar dele. Um neném gordinho e bochechudo que vai sair do hospital bem embrulhadinho, vestindo a roupinha que a vovó deu. 

Em casa ele vai conhecer seu quarto, preparado com muito cuidado durante esses nove meses. E ele vai se deitar no berço. Em cima do berço tem um quadrinho de moldura azul que o papai comprou. E nesse quadrinho azul tem espaço pra doze fotos, uma pra cada mês do primeiro ano de sua vida. Mas no meio das doze fotos tem um espaço maior, para uma foto bem grande, onde está escrito “cheguei”. E lá nós vamos logo colocar uma foto do Tomás, a primeira foto do neném da barriga, agora fora da barriga. 

Tomás já vai chegar!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Nasceu Lara!

Parabéns para Gabi e Edgard, que receberam hoje a Lara, menina tão querida que chegou exibindo os olhos azuis da mamãe!
Lara, seja bem-vinda! 

Fanta

Acho que todo mundo já sabe quem é a Fanta. É nossa cachorrinha querida e que já está com a gente há 6 anos. Pois é, a gente sempre pensou, com preocupação, em como ela iria reagir à chegada de um bebê. 

Logo nos primeiros meses de gravidez, ela percebeu que alguma coisa ia acontecer. Aquele movimento todo no quarto de hóspedes, antes tão desinvestido... As pessoas que nos faziam visita a cumprimentavam rapidamente e logo passavam pro tal quarto, abrindo as gavetas, pegando aqueles pedacinhos de pano e os brinquedinhos tão cheirosinhos, mas que nunca eram pra ela. 

E quando uns homens vieram buscar os móveis do quarto... Ela se deitou na porta e passou o dia ali, velando o quarto vazio, em luto de não sei bem o quê. Aí chegaram os móveis novos. Ela não quis mais entrar no quarto. A gente chamava ela pra entrar, insistia muito e ela até entrava... Mas ficava alí parada, com ar desconfiado de quem sabia o que estava por vir.

A Fanta estava chateada!

Até que aconteceu o “Chá de bebê”! Casa cheia, muito movimento no quarto, agora ainda mais cheio de atrativos, como almofadas de bichinhos e brinquedos que tocavam música. Acho que ela se sentiu convidada, ou melhor, achou até que fosse ela a anfitriã. E passou o dia acompanhando os convidados até o quarto ou esperando eles lá. Recebia os elogios e afagos das pessoas que alí entravam. 

A Fanta ficou feliz!

E no dia seguinte... Surpresa! Fanta também deixou seu presente para o neném. Um belo xixi esparramado no meio do quarto, escorrendo para debaixo dos móveis, aquele tipo de xixi que ficou horas guardado, esperando a madrugada chegar para vir dar a graça.

Se isso é bom ou ruim, eu ainda não sei. Mas prefiro a Fanta assim, atrevida mas feliz! Nisso depois a gente dá um jeito.

Ah, e pra quem estava esperando as notícias do ultrassom do dia 10, Tomás vai bem, mas continua sentado. Pernas pra cima e cruzadas, assim, descansando mesmo. E adivinhem só... Cabelos! Ele agora tem cabelos. E quando o médico aperta minha barriga provocando o movimento do líquido amniótico, os fios espetados do cabelo dele balançam pra lá e pra cá. Que charme!

domingo, 2 de maio de 2010

Mais um sobre ultrassom

Depois daquele último ultrassom, a Dra. Letícia me pediu um novo exame, um “PBF doppler”, pra depois do dia 10  de maio. Mas 10 de maio estava muito longe e eu perguntei se ela não podia me dar um pedido de “US rotina”. US rotina, pra mim, é um exame que serve pra gente matar a saudade do nosso neném. Então lá fomos nós pra mais uma visita chez Tomás.

Logo que o Dr. Lucas colocou o aparelho na minha barriga, a carinha dele apareceu. Um rostinho, assim, bochechudo, de um neném que já não tem mais cara de neném da barriga e se parece mais com um neném de verdade, desses que desfilam por aí em seus carrinhos ou nos colos dos pais. 

Dessa vez eu queria, além de matar a saudade, saber se ele já tinha virado de cabeça pra baixo, estava na maior torcida. Pelo jeito que ele estava mexendo aqui, dava pra saber que ele tinha mudado de posição. Mas, se daquela vez eu consegui adivinhar como ele estava, dessa eu não fazia ideia. Então, o corpinho foi aparecendo na tela... E ele não estava mais sentado, também não tinha virado, agora ele está deitadão com as perninhas pra cima. Fica brincando de encostar os pezinhos na cabeça. Ele mexe muito as mãozinhas, chupa o dedo e abre e fecha os olhos. Acho que ele piscou pra mim!

O Dr. Lucas explicou que os nenéns se viram porque começam a ficar desconfortáveis. Aí, já encaixados, começam a dar cabeçadinhas pra sair e uma hora acabam conseguindo. Mas o Tomás parece estar muito confortável. O Dr. Lucas disse que ele não está com a menor cara de quem quer sair e, daqui pra frente, vai ser difícil ele virar, mas até a 34a semana ainda é possível.

Dia 10 eu fico sabendo o que foi que ele resolveu. Enquanto isso, eu fico aqui na torcida. Vira, Tomás, vira!

Nasceu Matheus!




Parabéns para Ju Gariglio e Beto, pais orgulhosos de Matheus, um neném serelepe que nasceu hoje, dia 02 de maio.

Viva Matheus!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Chá de bebê



Esse post é pra agradecer a todos que participaram do chá de bebê do Tomás, os que vieram e os que não puderam vir, os que deram só uma passadinha e os que depois de tomar a última gota de chopp invadiram minha geladeira em busca de alguma latinha (e encontraram!), os que puseram a mão na massa e me ajudaram a deixar a festa tão bonita e os que apenas elogiaram algum detalhe do quarto, me fazendo tão orgulhosa. Enfim, agradeço a todos que me fizeram perceber o quanto esse menino já é querido, não só por mim, mas por todos.

Foi um dia feliz!

domingo, 4 de abril de 2010

A barriga do neném

Fiquei pensando se devia mesmo escrever isso aqui no blog. Meu receio era que as pessoas me achassem esnobe, convencida... Mas a verdade é que eu estou mesmo muito orgulhosa.

Desde os primeiríssimos ultrassons, o Dr. Lucas falava que meu neném era gordinho, media a barriga dele e dizia que era um barrigão.  Mas  o Dr. Lucas está sempre tão animado, elogiando cada partezinha bem formada do neném, que  eu nem acreditei muito que o Tomás estivesse assim, tão especialmente gordinho. Achei que ele falava isso pra todas. Quando eu fiz o ultrassom morfológico, ele estava pesando 611 gramas. Achei normal, depois fiquei sabendo que os nenéns nessa época pesam cerca de 450 gramas. No ultrassom seguinte, o doppler, que é um exame do fluxo sanguíneo, o Tomás já pesava 1 quilo e 200 gramas. Que meninão, quartil superior! Enquanto o Tiago se orgulha do pintão que esse neném realmente gosta de exibir em todo ultrassom, eu prefiro me orgulhar de seu barrigão. E não é só gordão, não. Está muito desenvolvido em tudo, adiantando a data do parto em mais de uma semana, um bebê que dá sinais de estar muito confortável, explicou o médico. 

Ele já não se mexe tanto, fica descansando a maior parte do tempo. Mas sempre se dedicando aos seu afazeres de neném da barriga, brincando com o cordão umbilical, colocando e tirando a mãozinha da boca e, guloso que é, não deixa de engolir um pouquinho do líquido amniótico. Ele mora do lado direito da minha barriga, o Dr. Lucas disse. Na verdade ele só confirmou, porque eu já sabia que ele tinha escolhido esse cantinho há algum tempo. A cabeça apertando as minhas costelas e as perninhas repousando no baixo ventre. A noite eu não posso dormir desse lado, ele logo aparece com seus chutinhos pedindo pra eu me virar. Eu me viro, então, e nós dois dormimos. Boa noite, Tomás. 

domingo, 14 de março de 2010

Ultrassom morfológico



Há algumas semanas eu fiz um outro ultrassom, o ultrassom morfológico. É um procedimento longo, demora quase uma hora e o médico vai examinando cada partezinha do neném e explicando separadamente. Tem cada coisa que é linda de ver, o pézinho e seu hálux (que eu aprendi, é o nome chique para dedão), a parte que vai do ombro até a orelha passando pelo pescoço e o coraçãozinho batendo.  Engraçado é quando o médico mostra a tela do computador completamente preta, faz um círculo no meio e diz: "esse é o rim dele". O Tiago, é claro, quer logo ver o pintinho do neném, aliás, um pintão que ele exibe sem o menor pudor, balançando pra lá e pra cá, deixando o papai tão orgulhoso. A minha parte preferida é a coluna vertebral. Desde o primeiro ultrassom eu adoro ver a coluna, acho tão vigoroso e é tão bonito ver quando ele alonga e depois curva sua coluninha.
É, ele está bem grandinho. E já não tem mais tanto espaço pra se mexer lá dentro da barriga. À medida que ele cresce, vai deixando de ser aquele neném de 13 gramas tão independente e que apareceu, com seu cabeção, olhando pra mim no primeiro ultrassom pra se tornar um recém-nascidinho, de talvez uns 3 quilos, frágil e que só vai saber chorar, dormir e mamar. Ele já tem uma sunga, se quiser nadar e ganhou um roupão pra se enxugar. A bola é pra jogar com os amigos João Pedro e Matheus. E, quem sabe, vai ter uma namoradinha, Lara ou Laura (se preferir uma menina mais velha, como o papai preferiu a mamãe).  Mas, primeiro, só vai chorar, dormir e mamar.

domingo, 7 de março de 2010

Tim




Outro dia me lembrei de uma coisa. Aliás, não sei como pude esquecer. Aliás, acho que era mesmo pra esquecer e depois lembrar.

Quem me conhece muito e há muito tempo sabe que minha mãe escreveu um livro chamado a história de Tim. É uma historinha para crianças sobre um elefantinho de borracha comprado por um casal e levado para enfeitar um quarto de bebê. Ele passou  meses longos e tristes numa sacola, dentro do armário, esperando o bebê nascer. Quando isso aconteceu, foi tirado da sacola e colocado na prateleira de um quarto azul, onde esperou outros tantos meses até que o bebê tivesse tamanho para brincar com ele. Finalmente, foi tomado nos braços por Adriana. Passou anos de glória brincando com Adriana e os outros brinquedos do quarto. Um dia, a menina já crescida o guardou novamente dentro do armário. Tim passou muitos anos assim, mas agora com as lembranças felizes dos momentos que passou com Adriana. Foi uma surpresa quando Adriana, que já era uma moça e já estava casada, voltou para buscar Tim e leva-lo para enfeitar outro quarto de bebê.

Então, acho que já está na hora de buscar Tim e trazê-lo para enfeitar o quarto do Tomás. Tenho certeza que Tim vai gostar do Tomás tanto quanto gostou de Adriana.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

A Barriga



É assim, à medida que a gravidez vai se evidenciando, a barriga vai deixando de ser só uma parte do corpo e vai se tornando algo mais. Não sei bem o que, uma espécie de posse, como uma jóia pouco discreta que a gente gosta de exibir. E mesmo vestida, ela brilha. As outras pessoas reconhecem que ela não é mais uma mera parte do corpo e, sem a menor cerimônia, tocam e acariciam a barriga.

Eu gosto de andar por aí exibindo a minha barriga. E lá vai ela, uma barriga vaidosa que gosta de se exibir. A verdade é que ela já não é mais minha mesmo, alí mora um neném. E é nele que todos estão interessados. Também gosto de admirar minha barriga e ficar imaginando o neném que está crescendo a cada dia. Sinto ele mexer. E agora ele nada, rodopia, dá chutes e pontapés e até faz xixi (que eu vi no ultrassom). E depois se recosta na parede da barriga pra descansar.

Afinal, é o neném da barriga ou a barriga do neném?

domingo, 21 de fevereiro de 2010

O menino peixe



E eu já estava ficando nervosa porque os nenéns nas barrigas das minhas amigas mexiam toda hora e o meu nada. Elas descreviam chutes e pontapés e eu continuava esperando. Então comecei a entender. Enquanto a maioria dos meninos prefere futebol, esse aqui gosta mesmo é de nadar. E prefere águas calmas. Ele espera que eu chegue em casa e me ajeite no sofá pra começar seu exercício. E eu agora posso sentir suas nadadeirinhas batendo na minha barriga. Será que ele puxou o pai?

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O primeiro ultrassom





Bem, na verdade esse não foi o primeiro ultrassom, já tinha feito outros, mas não dava pra ver muita coisa, só um feijãozinho, bem pequenininho. Mas esse ultra-som que vou contar mudou tudo.

Chegamos pra fazer o exame e o nosso principal objetivo era descobrir o sexo do neném. O médico lembrou que os objetivos ali eram mais nobres, era fazer a tal da translucencia nucal e ver se estava tudo bem. Como sou muito otimista, nunca me ocorreu que algo de errado pudesse acontecer com meu neném, queria, então,era saber o sexo mesmo. E quando as imagens começaram a aparecer na tela do computador, lá estava ele, enorme, inteirinho...

O Tiago fazia um tanto de perguntas pro médico, coisas sobre a troca de nutrientes e o cordão umbilical, mas eu, sinceramente, já não estava nem aí. Agora eu só queria olhar, admirada, o neném que estava quietinho e deitadinho, dormindo na minha barriga. Até meu objetivo pouco nobre de descobrir o sexo não importava mais.

O médico disse que naquela posição o bebê não ajudava muito a ver o sexo e nem a fazer a translucencia. Perguntei se ele queria que eu me mexesse ou desse uma apertadinha na minha barriga (tinha ouvido falar que se a mãe tossisse, o bebê abria as pernas), mas o Dr. Lucas, que é um médico paciente, disse: "Deixa, deixa... Daqui a pouco ele resolve". Então continuei lá, observando meu neném dormindo tranquilo, como se o tempo tivesse parado pra ele dormir.

Acho que ficamos uns bons 10 minutos desse jeito. O neném dormindo, eu olhando e o Tiago enchendo o médico de perguntas. Então, de repente, ele começou a mexer as perninhas. Estica e dobra, estica e dobra, estica e dobra. Acho que ele acordou e quer se levantar. Sim, é isso! E ele continuou, persistente, agitando seu corpinho de 13 gramas com toda a força que um corpinho de 13 gramas pode ter. E num pulo, voilà! Ele apareceu na tela de pé, com os braços abertos, olhando bem pra mim com aquele cabeção que os nenéns das barrigas têm. Foi um cisco de segundo. Ele logo se deitou de novo. Porque era isso que ele queria, mudar de posição. Já estava chato daquele lado da barriga. O Tiago perguntou quando surgia a consciência nos bebês, se aqueles movimentinhos já eram conscientes. O médico disse que não, que eram uma espécie de espasmo. Mas mesmo gostando muito do Dr. Lucas eu acho que ele está errado. Eu sei que aquele neném estava era muito decidido, ali, esticando seus pezinhos.

Então foi assim que minha vida mudou. Agora tem um neném na minha barriga. E um mundo esperando por ele.

Ah, não falei do sexo do neném... É um menino e se chama Tomás!