sábado, 3 de setembro de 2011

Tomás no Balão


Antes de o Tomás nascer eu já queria que ele estudasse no Balão. Eu falava: "O Tomás vai estudar no Balão". Quando ele tinha 4 meses eu já não aguentava mais, então fomos fazer entrevista para "reserva de vaga". Eu já sabia que pra entrar no Balão ele precisava estar andando, mas a Leninha ressaltou: "Não precisa saber falar, basta andar". E eu falava com ele: "Anda, meu filho, anda pra ir pro Balão..."


E de tanto eu querer ou então porque ele é mesmo muito esperto, o Tomás deu seus primeiros passos antes de completar 11 meses. Então, no começo do semestre, lá estava ele, com sua mochila de avião, pronto pra ir pro Balão.

Ele adorou o Balão desde o começo. Nos primeiros dias, enquanto ele ainda estava em fase de adaptação, eu ficava com ele. Ele ainda não entendia muito bem as outras crianças, queria tudo pra ele e ficava muito bravo na hora de guardar os brinquedos. Depois ele descobriu que as coisas legais aconteciam ali onde os coleguinhas estavam e resolveu se juntar a eles, passando a fazer parte do pequeno bando, ou  da "meninada", como as turmas são chamadas por lá.

Um dia era dia dos Pais. Eu cheguei pra buscá-lo e a professora me entregou uma latinha com o "presente pro papai". Era o primeiro dia que o Tomás ficava sozinho na escola. Eu peguei a latinha e disse: "Olha, tem uma foto do Tomás". E fui saindo apressada, um pouco porque estava meio nervosa por ele ter ficado sozinho, um pouco pra não roubar o tempo da professora que tinha mais um tanto de outras crianças. Mas ela pegou a latinha de volta e disse orgulhosa: "A foto é dele fazendo o que está dentro", abriu a latinha e mostrou: "Um chaveiro! Foi ele mesmo quem fez."

E ali, diante da professora que com uma mão segurava o Tomás e com a outra exibia orgulhosa uma espécie de patuá gigante cheio de borrões coloridos, eu entendi, ou melhor, me lembrei por que quis tanto que o Tomás conhecesse o Balão.

Hoje, quando eu chego pra pegá-lo, ele vem todo risonho tentando me contar o que aconteceu no dia. Faz isso através de uns gestos bem engraçados porque, vocês sabem, ele ainda não fala, mas sabe andar. Fica nervoso se eu não entendo. Ele quer muito que eu saiba o quanto tudo foi legal. A professora traduz e só então ele vem satisfeito pro meu colo.

Mas eu já sabia, Tomás, eu já sabia...

4 comentários:

  1. Que saudade dos seus posts...

    Eu sigo dois blogs de nenens (já, sei, o Tomás não é mais neném...). Acho que o outro eu sigo só pra poder ver o quanto eu prefiro o do Tomás :)

    Bjo!

    ResponderExcluir
  2. Esse meu genro é muito fofo mesmo!!!

    Aiiii, será que eu vou conseguir deixar a Rafaela sozinha na escola???!!!

    Beijos!!!

    ResponderExcluir
  3. Obrigada pelo comentário tão carinhoso no meu blog. Lindo seu filho e o nome dele (que estava na minha listinha de nomes). Se eu morasse em Belo Horizonte, também não teria dúvida: meus filhos estudariam no Balão Vermelho. =)

    ResponderExcluir