quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Dia dos Pais

Tomás adora o pai. Agora o incluiu à lista das coisas que voam, junto com borboleta, avião e Buzz Lightyear.
Para o dia dos pais, resolvi levar o Tomás para escolher o presente comigo. Fui antes na loja e deixei o presente pré-escolhido: uma blusa com estampa de um carro. Ele iria gostar.
Chamei o Tomás pra sair:
-Vamos, Tomás, comprar um presente para o papai?
-Chapéu!
-Vamos comprar uma blusa?
- Chapéu.
Fomos caminhando. Ele no carrinho. Chegando na loja, mostrei a camiseta escolhida. Ele não se interessou. Mostrei outra com a mesma estampa, mas de uma cor mais vibrante. Nada. Ele então disse:
- De caveira. Compra uma de caveira.
- Mas caveira, Tomás?
E a vendedora que estava levando a sério essa história de o Tomás escolher o presente foi mostrando as caveiras. Então ela tirou da prateleira uma blusa azul com um caveirão com cara de raio-x e mostrou. Ele deu um suspiro e disse: ahhhh!
As pessoas na loja não acreditaram: "Ele gostou dessa!" "Gente, ele escolheu mesmo!"
Compramos a camiseta. Ele ficou tão satisfeito com a compra que achei que tivesse esquecido a história do chapéu, mas antes que eu colocasse o segundo par de rodas do carrinho na rua ele solta: "Chapéu!"
Perguntei nas lojas vizinhas se tinha algum chapéu ou boné a venda, mas nada. Quase chegando em casa, vi um chapéu numa vitrine. Entrei pra perguntar. Era um Pralana, coisa fina. Tentei convencer o Tomás de que o chapéu era meio caro e que o papai nem tinha o hábito de usar chapéu, mas ele gritou: "Não! Nãããão! Compra esse". Comprei.
Ele voltou carregando a sacola. De noite, correu pra entregar os presentes, mas deu primeiro o chapéu. Colocou na cabeça do pai, depois na sua, no pai novamente e disse: "Tá buíííto!"
Mais tarde eu perguntei:
- Mas pra quê um chapéu, Tomás?
- Pra voar.



2 comentários:

  1. Ju... Estou longe... mas mesmo assim fico sabendo das "gracinhas" do Tomas... Sta internet! Vejo fotos...leio tudo... e sempre vem uma saudade daquela minininha que fez nossa vida mais feliz.

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  2. Que crônica linda! As crianças sempre nos supreendem! *-*

    Abraços,
    Ana.

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